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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

O "Brasil para Jesus", uma grande piada!

Alguns podem e certamente me chamarão de pessimista, mas o que vejo para os próximos anos, ou melhor dizendo, para 2012 é algo muito perto do fim anunciado pelos místicos e sobretudo, uma clara reafirmação de 2ª Co. 4 - A GOTA D'ÁGUA. Parte do meu pensamento é expresso no comentário que fiz, respondendo um amigo, em um post no FB, onde pode ser visto na íntegra (deu pano para manga). Depois de não mais aguentar ver a defesa contumaz de vendilhão, argumentei sobre a mudança do discurso de alguns líderes, de forma específica do "Mala":

Um pregador que antes dizia "pau" e afirmava que quem pregasse "pedra" era charlatão, 171 mesmo, e hoje prega "pedra" como se nada fosse... que credibilidade esse cara merece?
A palavra do crente é sim ou não... então pq a pregação dessa galera mudou?
Te digo meu irmão... preferiram o dinheiro... venderam a fé... prostituíram seus ministérios... tenho que dar credibilidade a alguém assim? Tenho que me calar e fingir que está tudo bem?
Creio que não!
Sou inquietado pela Verdade que liberta!


Pensando no panorama do evangelicalismo tupiniquim, me peguei em prantos. Creio que se os crentes acordassem de fato, parariam com o senil sonho de "o Brasil para Cristo". Qualquer observador, por menos crítico que seja, enxergará um Brasil cada vez mais sincreta e consequentemente, um evangelho (minúsculo mesmo) cada vez mais descaracterizado. A história recente prova minha tese. Amo o estado onde nasci e principalmente o município que me viu crescer, Nilópolis-RJ, mas um observação faz-se necessária: 
Quem chega ou retorna ao estado do Rio, fica perplexo. Hoje, há um número incontável de igrejas evangélicas e ditas evangélicas, topa-se com um "crente" a todo instante e o vernáculo gospel está na boca do povo, é varão pra lá, é vaso pra cá e "tremeeeendo" em todo o canto. Então, se o crente deve ser sal e luz (já falei sobre suas propriedades), por quê nada muda e vemos o número cada vez maior de "crentes" envolvidos em falcatruas e escândalos por lá? É muito simples, o problema é a qualidade. Mas equivoca-se quem entende ser esse um fenômeno apenas carioca, não é mesmo!

O Censo 2012 ainda não apresentou sequer um prévia do aspecto religioso do brasileiro. Afirmo, porém, que podemos nos preparar para um grande salto na porcentagem dos ditos evangélicos. Digo também, que desse mar de gente, uma "peneira santa" levaria mais de 80%, e isso sendo muito otimista. Contradizendo um famoso slogan publicitário: OS BONS NÃO SÃO MAIORIA!
Com o crescimento das famigeradas "portinhas de bençãos urgentes" e a adesão a teologia da prosperidade cada vez maior por parte de pregadores antigos (deveriam ser mais cuidadosos ao invés de gananciosos), o que se nos apresenta pode facilmente ser entendido nas palavras do apóstolo Paulo no referido capítulo e parafraseado da seguinte forma:

"Embora haja no nosso meio inúmeros vendilhões, feito cegos pelo diabo, que em benefício próprio adulteraram a Palavra, pregando o que lhes vêm do ventre (bosta mesmo) e enganando milhares de milhares, não desanimaremos; mas continuaremos e ainda mais fortes, pois o Ministério que temos nos foi dado por Deus, de quem somos servos por amor de Jesus". 

Minha oração nesses dias é por um avivamento que exponha pecados, limpe a Igreja que foi comprada com o Puro e Precioso Sangue que os vendilhões insistem em macular e traga o misto de gente para a Palavra!!  

Pai, tenha misericórdia de nós!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

IURD e o modelo Neopentecostal

Em minhas leituras:

Neopentecostalismo e sociedade

“Encabeçado pela Igreja Universal, o neopentecostalismo é a vertente pentecostal que mais cresce atualmente e a que ocupa maior espaço na televisão brasileira, seja como proprietária de emissoras de TV, seja como produtora e difusora de programas de televangelismo. Do ponto de vista comportamental, é a mais liberal. Haja vista que suprimiu características sectárias tradicionais do pentecostalismo e rompeu com boa parte do ascetismo contracultural tipificado no estereótipo pelo qual os crentes eram reconhecidos e, volta e meia,estigmatizados. [...]

De modo que seus fiéis foram liberados para vestir roupas da moda, usar cosméticos e demais produtos de
embelezamento, freqüentar praias, piscinas, cinemas, teatros, torcer para times de futebol, praticar esportes
variados, assistir a televisão e vídeos, tocar e ouvir diferentes ritmos musicais. Práticas que, nos últimos
anos, também foram sendo paulatinamente permitidas por igrejas pentecostais das vertentes precedentes, com exceção da Deus é Amor, que manteve incólume a velha rigidez ascética. Em todas as vertentes permanece, porém, a interdição ao consumo de álcool, tabaco e drogas e ao sexo extraconjugal e homossexual.”
(MARIANO, R. Estudos Avançados, 18, 2004, p. 124).

“Sem perder necessariamente sua distintividade religiosa, as igrejas neopentecostais revelam-se, entre as
pentecostais, as mais inclinadas a acomodarem-se à sociedade abrangente e a seus valores, interesses e
práticas. Daí seus cultos basearem-se na oferta especializada de serviços mágico-religiosos, de cunho
terapêutico e taumatúrgico, centrados em promessas de concessão divina de prosperidade material, cura física e emocional e de resolução de problemas familiares, afetivos, amorosos e de sociabilidade. Oferta sob medida para atender a demandas de quem crê que pode se dar bem nesta vida e neste mundo recorrendo a instituições intermediárias de forças sobrenaturais. [...]

Com tal estratégia, empregada também nos evangelismos pessoal e eletrônico, atraem e convertem
majoritariamente indivíduos dos estratos pobres da população, muitos deles carentes e em crise pessoal,
geralmente mais vulneráveis a esse tipo de prédica. Não obstante o apelo sistemático à oferta de soluções mágicas configure uma prática usual nas religiões populares no Brasil, observa-se que, no caso neopentecostal, tal procedimento, diferentemente do que ocorre no catolicismo popular, por exemplo, é orquestrado pelas lideranças eclesiásticas e posto em ação nos cultos oficiais e por meio do evangelismo eletrônico.” (MARIANO, R. Estudos Avançados, 18, 2004, p. 124).


«Assim, o ponto de partida da IURD é o pentecostalismo de alguns televangelistas norteamericanos, porém a sua flexibidade é própria de uma entidade que se posiciona bem num ambiente pluralista e concorrencial. A sua identidade é construída por meio das referências aos concorrentes (católicos, afro-brasileiros e kardecistas), com os quais ela se envolve em renhidas lutas simbólicas. A IURD é um empreendimento que nasceu sob a égide da «guerra santa», cuja separação maniqueísta entre Deus e o diabo divide todas as suas atividades e estratégias.» (CAMPOS, L. S. Lusotopie 1999, pp. 355-367).

Teatro
«A Igreja universal é um teatro, onde atores (pregadores e fiéis) participam dramaticamente de um espetáculo de fé. Em seu palco um pastor/ator tangibiliza as forças sagradas diante de uma multidão que, como em um teatro de arena, também participa da encenação, com gestos, no manejo de objetos corriqueiros transformados em cúlticos, na movimentação das pessoas pelo espaço, no balancear dos corpos, nas palmas ritmadas, nas cenas de exorcismo e nas dramatizações de episódios bíblicos. [...]

Com isso reconstrói-se, no interior de uma cultura secularizada, novas ilhas carregadas daquela dinâmica
que emerge do sagrado, integrando ao mesmo tempo as forças que vêm do inconsciente coletivo e se manifestam em uma vida cotidiana tão carente de sentido e significado. A transformação do culto religioso num espetáculo de fé revitaliza o serviço religioso do protestantismo tradicional, quase sempre calcado em
práticas racionalizantes. Dessa forma substitui-se nesse espetáculo o pastor-doutor, ou professor, pelo pastor-ator que se sobressai através do sucesso de suas técnicas de persuasão, recrutamento de adeptos e levantamento de ofertas.» (CAMPOS, L. S. Lusotopie 1999, pp. 355-367).

Templo
«A IURD mantém uma certa atitude dessacralizadora para com o local do culto, pois, Deus habita nas pessoas e tal ligação se expressa por meio de ritos carregados de emoções. Por isso há nessa Igreja uma concepção de templo que difere de outros grupos religiosos de origem protestante. O templo é um «espaço energético» carregado de forças divinas atribuídas ao Espírito Santo. Nele o espaço foi consagrado à Deus e traz as marcas de sua ação vitoriosa sobre as forças do caos e da desordem demoníaca, que vêm da rua. O templo é a «casa de Deus», o lugar «onde um milagre espera por você», como afirma um de seus slogans. [...]

Assim, num mundo habitado por demônios, o templo se apresenta como um território sobre o qual os
demônios não tem poder. Adentrar-se a um templo iurdiano já é meio caminho andado em direção à
obtenção de um milagre desejado. À semelhança do mesmerismo ou das teorias kardecistas, na IURD crê-
se que do templo irradia um «fluído vital» canalizado pelas ondas hertzianas em direção aos receptores de
rádio ou de televisão, materializando-se no copo de água posto sobre o receptor de televisão, que por
causa da «oração forte» do pastor está carregado de um poder de cura vindo do próprio Deus. [...]

A IURD regula os espaços, tempos e movimentos, em ritmos e cadências programados racionalmente,
dentro da concepção urbana de tempo. Os dias e horas são padronizadas, e arbitrariamente divididos
em «correntes» e «campanhas» especiais. A unidade de tempo mínima de seu calendário é o dia e para
cada um deles há uma corrente, que segmenta o público conforme suas necessidades e desejos. Essas
correntes se repetem todas as semanas, enquanto as campanhas e «semanas especiais» são atividades
sazonais, realizadas conforme as exigências e circunstâncias locais.» (CAMPOS, L. S. Lusotopie 1999, pp. 355-367).

Mercado

«A Igreja universal possui uma refinada perspectiva de marketing, pois procura conhecer o seu público,
padronizar os «produtos», transformar as pessoas em participantes do processo de «produção», segmentar
a audiência, oferecendo-lhes exatamente o que se pensa precisar e desejar naquele momento. Isto é, ela
não se contenta em oferecer um «produto genérico», que é o principal benefício esperado pelo consumidor.
Muito pelo contrário, ela oferece um «produto ampliado», o qual é desdobrado em outros produtos como cura, prosperidade, comunidade de apoio e outros mais. [...]

Nos templos da IURD os consumidores religiosos escolhem aqueles produtos que mais se relacionam com
suas necessidades e arquiteturam em sua própria cabeça o produto desejado, conforme as suas aspirações.
Isto é, a Igreja universal oferece um kit contendo os ingredientes de um produto retrabalhado no imaginário
do «consumidor». O preço a ser pago para a satisfação dos desejos na IURD é monetarizado. Daí a importância em sua pregação de temas como «sacrifício do dinheiro», «ofertas de amor», pois «dar o dízimo é candidatar-se a receber bênçãos sem medida», repete o seu fundador.” (CAMPOS, L. S. Lusotopie 1999, pp. 355-367).








sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Um pequeno Raio-X do "neo-pentecostalismo"



Concluindo meus trabalhos de convalidação, tive a oportunidade de conhecer um trabalho de pesquisa do Dr. Júlio Paulo T. Zabatiero, o qual reproduzo em parte. Na esperança de que algum neopentescostal leia e sendo convencido pela própria inteligência, mas principalmente, pelo Santo Espírito de Deus, seja por Ele convencido, oro para que o texto abaixo cumpra tal propósito.

Origens
O neopentecostalismo tem suas origens nos EUA, anos 1940 e bem sucedido a partir dos anos 1970; Lá é chamado, variadamente, de: Health and Wealth Gospel (Evangelho da Saúde e Prosperidade), Faith Movement (Movimento de Fé), Faith Prosperity Doctrines (Doutrinas da Fé e Prosperidade), ou Positive Confession (Confissão Positiva).


Confissão positiva é um título alternativo para a teologia da fórmula da fé ou da doutrina da prosperidade promulgada por vários televangelistas contemporâneos, sob a liderança e inspiração de Essek William Kenyon. A expressão “confissão positiva” pode ser legitimamente interpretada de várias maneiras. O mais significativo de tudo é que a expressão “confissão positiva” se refere literalmente a trazer à existência o que declaramos com nossa boca, uma vez que a fé é uma confissão.

Neopentecostalismo e pós-modernidade

Enquanto o protestantismo histórico e o pentecostalismo são expressões modernas da fé cristã, o neopentecostalismo é uma expressão tipicamente pós-moderna da fé cristã. O neopentecostalismo conforma-se com algumas das principais marcas do pósmoderno: individualismo consumista, hipervalorização da saúde e do dinheiro, espetacularização da crença, espacialização concentrada e temporalidade hiperacelerada.

Características identitárias gerais


Individualismo consumista: a fé é vivenciada como um mecanismo estratégico para alcançar, de forma mágica, bens simbólicos e, especialmente, corpóreos e materiais; A reunião cúltica não visa primariamente a
comunhão, mas o fortalecimento da fé individual, mediante o testemunho do sucesso da fé de outros indivíduos em suas lutas contra a falta de saúde, o fracasso matrimonial e a busca do dinheiro e bens.

Hipervalorização da saúde e do dinheiro: o culto secular ao corpo é reencantado, de modo que o corpo se torna a sede da luta espiritual: contra os demônios que dele tentam se apossar e contra as
doenças (efeitos demoníacos) que o fazem incapaz de alcançar a felicidade plena.

O culto secular ao dinheiro é espiritualizado, de modo que este se torna um meio mágico para alcançar a sua auto-multiplicação na bolsa celestial de valores mediante a contribuição/investimento.

Espetacularização da crença: assim como a sociedade pós-moderna é espetacular, o culto e a crença neopentecostais são espetaculares: a crença é teatralizada na liturgia, mediante os exorcismos (ritos de passagem-libertação), os testemunhos (ritos de confirmação da fé), o miseen-scène do pregador em sua captação da fé=recursos financeiros do freqüentador do Templo – captado, por sua vez, mediante o uso
inteligente e massivo da mídia.

Espacialização concentrada: o Templo é o não-lugar que assume a característica do lugar-por-excelência.

Enquanto a propagação da crença neopentecostal se dá através da mídia, especialmente a TV, é no templo que o crente neopentecostal experimenta o sagrado enquanto uma catarse, uma libertação, que o capacita para enfrentar a sociedade concorrencial do capitalismo neo-liberal.

Temporalidade hiper-acelerada: enfim, como na identidade pós-moderna secular, o crente neopentecostal experimenta uma hiperaceleração do tempo - nas campanhas religiosas bem orquestradas, nos rituais de
passagem e purificação (especialmente o exorcismo), nos ritos confirmatórios (testemunhos) – a bênção é alcançada imediatamente, o tempo é reencantado – subjugado ao poder da fé e centrado na hostilidade contra as forças do mal.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Minha terra, meu povo!



Sempre que se fala de mudança, uma das primeiras questões que geralmente é levantada, sem dúvida alguma, é a adaptação. Se desconsiderado, pode levar uma família missionária a mudar de campo mais rápido do que se possa imaginar. Conheço casos de mudanças em menos de um mês, conheço também permanências contrariadas datadas com mais de cinco anos. Assim, digo que a questão não é o tempo de permanência no campo, mas a disposição em estar lá!

Penso que chegando em um novo desafio, campo, igreja, cidade, povo, enfim, uma nova realidade, deve haver no vocacionado a firme disposição de fazer de tudo isso algo próprio, seu mesmo. Não é ignorar a vida ou os relacionamentos da última morada, mas entender que tudo pode ser melhor agora, no sentido de que os erros cometidos anteriormente não devem ser repetidos.

O aprendizado anterior fez do obreiro, necessariamente, alguém mais sensível às demandas do rebanho e às próprias. Seus limites foram testados e se houve afã em progredir, toda crítica foi muito bem vinda.

Mas voltando à adaptação, penso que uma das formas mais eficazes de encurtar essa fase tão crítica para alguns está na vontade. Ninguém se adapta se não quiser. Para quem não quer ficar, tudo é desculpa, tudo é ensejo!

Não sou "A SUMIDADE", mas posso compartilhar algumas impressões:
A chegada ao novo campo deve ser esperada, quase gerada, engravidar mesmo... durante "a gravidez", o amor pelo novo campo deve nutrir suas expectativas. Ah, muito importante... cuidado com pacotes prontos, uma vez que não conhece  o novo campo, levar algo desconsiderando a real necessidade local pode ser desastroso. Lembre-se, cada campo é único e precisa de um projeto particular.
Encontrará pessoas que esperam muito de você, talvez, até mais do que pode dar... não se preocupe, faça a sua parte. Observe, observe muito, mas não seja omisso... sua observação fará parte do plano de ação.
Não imponha simplesmente, sua autoridade precisa ser conquistada, afinal... está aberta a caça aos ditadores e creio que logo serão extintos... srsrsrsr!


Ame a terra como se a sua fosse, apaixone-se pelo povo, ouça-os, entenda-os e sobretudo... AME-OS!
O amor devotado a suas ovelhas só não pode ser maior ao que tributa à família. Encare a realidade de que você é passageiro, mas o campo, esse fica, se você não o enterrar... se algo prejudicar sua vida em família, querido irmão, não deixe que sua família sinta algo negativo em relação ao campo, à igreja ou aos irmãos... simplesmente SAIA! Ame seu campo, mas ame muuuuuuuuuito mais a sua família.

Que o Dono da Seara nos abençoe!




quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Oração ou MST's?


Calma meus irmãos, não sou, nunca fui e nunca serei contra a prática da oração. Entendido?
Tenho observado no entanto, a oração morrer nos círculos evangélicos e em alguns lugares, a prática piedosa e devocional de elevar a Deus vozes súplices, com ações de graças foi substituída por performances circenses cada vez mais pirotécnicas.
Não é incomum encontrar grupos que se dizem cheios do "poder", mas abandonaram o culto de oração. Na minha observação, quem abandona o culto de oração, igualmente abandonou a prática devocional, o momento a sós com Deus.

Dentre os que não abandonaram a oração, está um grupo que necessita das nossas oração. Acompanhe o raciocínio, talvez concorde comigo:
O grupo referido é a galera que insiste em "pressionar" Deus com o que denomino MST's (mantras-solucionáticos-tabajara) ou se preferir, as famosas "palavras proféticas" tais como... "eu determino", "chamo a existência", "eu profetizo", "eu exijo, não aceito, rejeito e muitas outras, seria praticamente impossível catalogá-las todas, a cada racha de igreja "profética" um novo líder esquizofrênico aumenta o repertório dos MST's. Nesse meio, são conhecidas como "palavras de poder".

Grande parte das pessoas que se dizem cristãs conhece a ideia corrente de que a oração lança uma dívida nos "ombros" de Deus, que não tem outra alternativa, senão, pagar. A perspectiva de que a oração é a conformação da nossa vontade à de Deus, se perdeu. Agora é diferente, segundo eles, "eu oro e Deus tem que fazer". Já ouvi desses "líderes" mais exaltados o seguinte cometário: "Aqui não tem essa história de se Deus quiser não, aqui Ele quer!"
É claro, por trás está a visão de que toda a oração feita naquela "igreja" será atendida, ainda que não reflita a vontade de Deus.
Sinceridade? Creio que agindo como crianças mimadas, pirracentas, sem limites e que não sabem ouvir NÃO, não se faz outra coisa, além de aborrecer com egoísmo o Eterno Deus.

Olho para a Bíblia e vejo o Salvador orando em profunda contrição, sem esboçar qualquer coisa que possa ser confundida com palavras de ordem, antes, submissão à vontade soberana do Pai, ainda que essa trouxesse algum prejuízo, ainda que trouxesse algo nunca experimentado por Cristo, o peso, a culpa do pecado e consequentemente a separação momentânea de Deus na morte de cruz.

Tenho aprendido muito sobre Deus e sobre mim através da oração. Sei que não devo pedir algo que não vise primeiramente a glória de Cristo, que dê a outrem algum tipo de prejuízo ou não seja para o meu bem espiritual. Considerando dessa forma, entendo que não devo ser guiado por minhas vontades enquanto oro. Pois, fatalmente, cometerei os três erros já citados.

Mais uma vez no Getsêmani, (Mt. 26.36-46) observo Jesus em estreita comunhão com Deus através da oração, diferente dos discípulos que dormiram de tanta tristeza. O desânimo os havia abatido, e por isso são questionados por Cristo: "nem uma hora?". Aprendo aqui uma lição valiosa, Deus tem poder para resolver qualquer coisa em "um piscar de olhos", mas quer que oremos mais. E por quê? Somos fortalecidos na oração e passamos a conhecer Sua vontade! Isso mesmo, o maior beneficiado é quem ora, ainda que seja por outrem.

Outra coisa que me deixou bem atento foi a cadência e evidente mudança de postura nas três orações narradas no Texto. Observe:

1ª oração: "Meu Pai, se possível passa de mim este cálice. Todavia, não seja como eu quero,  mas como tu queres." (v.39)
2ª oração: "Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade" (v.42)
3ª oração: " "... repetiu as mesma palavras." (v.44)

Notou alguma coisa?
Nas três orações que Jesus faz no Getsêmani aprendo que NÃO também é resposta objetiva. Não é não e pronto. Compreendendo que Deus não o livraria de passar pela cruz, Jesus conforma o coração à vontade do Pai. Imagine que se Jesus estivesse em uma dessas "igrejas" dos MST's, provavelmente ouviria de um crente "mais santão": "Deus não te livra porque você não exercita a fé suficientemente!"

Ainda em Mateus, porém no capítulo 4.1-11, o diabo tenta a Jesus. Notem que das três propostas que o diabo fez, duas incitavam Jesus a orar ordenando, "declarando", "chamando à existência", "profetizando", "exigindo", "determinando", enfim, obrigando Deus a algo. Você já havia notado esse detalhe?

Creio que ninguém em sã consciência, que se diga cristão, ousaria falar nesses termos ao próprio pai.
Se não devemos fazê-lo ao nosso pai natural, por que o faríamos com Deus?

Oremos a Deus, em favor da multidão embriagada pela oração que Deus não ouve!



Se um pai se permite comandar pelo filho, é certamente um BANANA, mas não um pai... Quer saber? 
"Eu rejeito" um Deus que me obedeça... Se eu mando, logo não é Deus, mas um BANANA!



quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A Morte de Quem Vai e a Vida de Quem Fica




Saudades e Consolação
“Finados” é um dia em que todos são convocados a lembrar os que morreram. Mas só dói quando quem morreu era muito próximo da gente, ou ícones que nós admirávamos (milhares sofreram quando Senna morreu).

De qualquer modo, a saudade pode ser uma lembrança dolorosa ou uma memória feliz. Há os que se lembram de alguns que morreram com ódio ou ressentimento. É preciso perdoar, aqueles que nos feriram e já se foram (e até mesmo os que estão aí vivinhos). O perdão cura almas feridas.
É preciso também de consolação.

A consolação só completa seu ciclo quando se vive o luto completamente. Isso envolve: separar-se do corpo da pessoa (enterro), das coisas (doar o que pertencia a quem partiu) e também separar-se emocionalmente. Deus encerrou o plano na vida de quem se foi, mas não encerrou o plano dele na vida de quem permanece. Quem se foi será sempre parte de nossa história. Não pode ser deletado ou deletada. Mas quem ficou tem uma nova historia para escrever com a graça de Deus.

Quando alguém que você amou faleceu é porque a morte foi inevitável. Certamente você fez o que podia para que a morte não acontecesse. Sua dor foi ou ainda é indescritível: o luto - a dor mais solitária que existe. Pode ser um processo curto ou longo. Mas quem não passa o luto, não sara. As consolações vêm do Espírito Santo que usa a Bíblia, pessoas, musicas e diversas "cristocidências".

“Bendito seja o Deus de toda consolação. É Ele que nos conforta em nossa tribulação, para podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia, com a consolação que nós mesmos fomos contemplados por Deus”II Co 1.3-4. Quando estiver passando o luto, não se isole.

Recomeçar é preciso. Levante-se. Há novos caminhos para percorrer. Novos tempos para serem vividos. Dê um novo passo. Escolha recomeçar! Um abraço gente boa. Com orações em favor dos que estão vivendo luto e recomeço.

Compartilhado com a permissão do amado pastor Jeremias Pereira

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Reforma Protestante: Comemorar o quê?

Quero deixar aqui apenas uma possibilidade de sensata reflexão sobre o evangelicalismo atual e a Reforma Protestante. Sou reformado e tenho sim, como muitos irmãos, razão para me alegrar pelo ocorrido em 31 de outubro de 1517. Mas essa não é a realidade de todos os que se dizem cristãos.

Hoje é um dia muito especial, dia em que evangélicos comemoram a Reforma Protestante, quando seguindo a trilha deixada por Wycliff, Hus, Savanarola e outros anônimos, mas não menos importantes, Lutero, questionando a validade e eficácia das indulgências, iluminado pelas Escrituras Sagradas e esclarecido pelo Espírito Santo de Deus, afixou nas portas da capela de Wittenberg as famosas 95 teses. Quem já as leu, percebeu que Lutero era frontalmente avesso à cobrança de dinheiro para a obtenção de quaisquer favor divino.

O que me intriga é o fato de estarmos cercados de cobradores de indulgências modernos, mas o indulto de hoje não é mais a "graça de ter a alma liberta do purgatório ou do inferno", não, realmente não é preciso oferecer mais que prosperidade. A "cristandade" atual é tão pueril que se contenta com coisas. Aliás, coisas à parte de Cristo.

Embora falem o tempo todo de Deus, Jesus e Sua Palavra, os "Tetzel's" são demasiadamente ardilosos, deslocam o texto de seu contexto original, fazendo-o contradizer o todo da Bíblia, fundam igrejas e disseminam ensinos demoníacos, onde a graça de Deus, a fé, o sacrifício perfeito e vicário de Cristo nunca bastam, é sempre preciso mais. Afinal, os vendilhões sempre querem mais, mais dinheiro, mais mansões, mais helicópteros, mais aviões, mais canais, querem sobretudo, mais notoriedade. É é por isso que se autodenominam pastores, bispos, apóstolos, patriarcas, querubins, substitutos de Cristo ("vicarius filii dei") ou o próprio Cristo, sem evidentemente o ser!

Falar de Reforma Protestante é sem dúvida, falar de mentes inquiridoras, pensantes, é falar de criticidade, é duvidar do que não parece biblicamente plausível... é ser bereano! Onde estão os conhecedores dos "5 Solas"? Onde estão os investigadores do nosso tempo? Grande parte se tornou estéril, cegados por idiotices "gospel", que pelo uso do citado adjetivo, dispensam crítica, foram manipulados e perderam a capacidade analítica de tal forma que não perceberam o momento em que transformaram-se em MERCADO, ao mesmo tempo consumidor de baboseiras e também, produto de seus mestres "- É gospel, é de Deus!" "O apóstolo fulano é uma benção!".  Não consigo imaginar o que diria Lutero vendo as "predações" do Morris Cerrulo, Malafaia, Macedo, Valdomiro, e todos esses "profeteiros das graças urgentes".

Entendo que comemorar o dia de hoje só faz sentido para quem não perdeu o "fio da meada", para os que semelhantemente a Martinho Lutero, rejeite ensino espúrio, tendencioso, manipulador e anti-bíblico, portanto, os que não se dobraram a Baal.
A grande maioria dos "crentes" comemora algo que não tem a mínima ideia do que seja, não sabem dos esforços empreendidos, dos irmãos que deram suas vidas para que hoje houvesse uma igreja bíblica, espelho de Cristo e liberta do "toma lá, dá cá" de Jesus.

Dê sua opinião, comente!
 


sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Êxodo 23.10-11 - Ecologia na Bíblia?

Dentro da Bíblia hebraica há um fragmento de um texto de lei que expressa da melhor forma a integratividade entre terra, pobres e animais do campo. O texto é quase um lampejo de pensamento ecológico, refletindo claramente uma espiritualidade pré-moderna, que pode ser altamente inspiradora hoje, sobretudo face ao avanço ao agrobusiness. Trata-se de Ex 23,10-11: (v.10) “E seis anos semearás a tua terra e recolherás a produção dela; (v.11) e, no sétimo, tirarás a mão de cima dela e a deixarás por conta própria, E comerão os pobres do teu povo e o resto comerão os animais do campo; Assim farás com a tua vinha e com o teu olival”.

O texto é parte integrante do chamado código da aliança (Ex 20,22-23,19, cuja composição decisiva pode ser melhor alocada no final do século VIII aC, em Judá, servindo na época como uma primeira formatação do que mais tarde seria a Torá. Leis sobre âmbitos diversos da vida do povo de Israel são colocados sob o senhorio da adoração exclusiva a Yahveh.

A lei afirma inicialmente a dignidade e a legitimidade do trabalho humano sobre a terra. O ritmo de trabalho agrícola, típico no mundo da época, porém, é limitado por uma lógica sabática. A exploração da terra deve(ria) estar limitada a seis anos, e num ano sabático, os proprietários deveriam largar mão da terra e deixá-la por conta própria. O descanso sabático da terra é claramente afirmado como um direito da terra. Diferente do que nas concepções modernas, aqui se enfoca mais o direito do que a obrigação.
A lei do descanso sabático da terra busca interromper temporariamente o ciclo de exploração predatória da mesma por parte dos seres humanos.

Lendo-se o texto de forma seqüencial, pode-se dizer que a própria terra, a natureza, é a beneficiária primeira desta lei, seguida dos pobres e dos animais, como segundos e terceiros beneficiários. Porém, se o texto for lido de forma concêntrica, como é muito comum em textos hebraicos, os pobres são colocados em destaque. O tempo de pousio da terra deveria ser um espaço de tempo de graça para as pessoas pobres, no sentido destas poderem conseguir uma alimentação suplementar ou talvez até garantir somente a alimentação básica. É importante notar que os pobres a lei não é pura e simplesmente antropocêntrica (direito dos pobres), mas inclui dentro da lógica ecológica da lei o direito dos animais do campo de ter acesso a um resto de alimentação. A necessidade ou a voracidade humana é limitada pelos direitos de um elo adicional da criação. Assim, a lei concebe claramente uma integração entre terra, pessoas empobrecidas e animais. Há testemunhos históricos de que esta lei foi colocada em prática, ainda que circunstancialmente.
Haroldo Reimer

sábado, 22 de outubro de 2011

13º Salário NUNCA Existiu...



 Autor: Desconhecido

 Os trabalhadores ingleses recebem os ordenados semanalmente!

Mas há sempre uma razão para as coisas e os trabalhadores ingleses, membros de uma sociedade mais amadurecida e crítica do que a nossa, não fazem nada por acaso!
Ora bem, cá está um exemplo aritmético simples que não exige altos conhecimentos de Matemática, mas talvez necessite de conhecimentos médios de desmontagem de retórica enganosa.
Lembrando que o 13º no Brasil foi uma inovação de Getúlio Vargas, o "pai dos pobres" e que nenhum governo depois do dele mexeu nisso.
Porquê? Porque o 13º salário não existe.
O 13º salário é uma das mais escandalosas de todas as mentiras dos donos do poder, quer se intitulem "capitalistas" ou "socialistas", e é justamente aquela que os trabalhadores mais acreditam.
Suponhamos que você ganha R$ 700,00 por mês. Multiplicando-se esse salário por 12 meses, você recebe um total de R$ 8.400,00 por um ano de doze meses.
R$ 700,00 X 12 = R$ 8.400,00
Em Dezembro, o generoso governo manda então pagar-lhe o conhecido 13º salário.
R$ 8.400,00 + 13º salário = R$ 9.100,00
R$ 8.400,00 (Salário anual) + R$ 700,00 (13º salário) = R$ 9.100,00 (Salário anual mais o 13º salário) ... e o trabalhador vai para casa todo feliz com o governo que mandou o patrão pagar o 13º.
Façamos agora um rápido cálculo aritmético:
Se o trabalhador recebe R$ 700,00 mês e o mês tem 4 semanas, significa que ganha por semana R$ 175,00.
R$ 700,00 (Salário mensal) dividido por 4 (semanas do mês) = R$ 175,00 (Salário semanal)
O ano tem 52 semanas (confira no calendário se tens dúvida!). Se multiplicarmos R$ 175,00 (Salário semanal) por 52 (número de semanas anuais) o resultado será R$ 9.100,00.
R$ 175,00 (Salário semanal) X 52 (número de semanas anuais) = R$ 9.100,00
O resultado acima é o mesmo valor do Salário anual mais o 13º salário.
Surpresa!!
Onde está, portanto, o 13º Salário?
A resposta é que o governo, que faz as leis, lhe rouba uma parte do salário durante todo o ano, pela simples razão de que há meses com 30 dias, outros com 31 e também meses com quatro ou cinco semanas (ainda assim, apesar de cinco semanas o governo só manda o patrão pagar quatro semanas) o salário é o mesmo tenha o mês 30 ou 31 dias, quatro ou cinco semanas.
No final do ano o generoso governo presenteia o trabalhador com um 13º salário, cujo dinheiro saiu do próprio bolso do trabalhador.
Se o governo retirar o 13º salário dos trabalhadores da função pública, o roubo é duplo.
Daí que não existe nenhum 13º salário. O governo apenas manda o patrão devolver o que sorrateiramente foi tirado do salário anual.

Conclusão: Os Trabalhadores recebem o que já trabalharam e não um adicional.

13º NÃO É PRÊMIO, NEM GENTILEZA, NEM CONCESSÃO.

É SIMPLES PAGAMENTO PELO TEMPO TRABALHADO NO ANO!

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Aproveitem a festa. O Brasil que se lasque!



Leiam e observem a análise ponderada, muito bem explicada pelo Economista  Waldir Serafim, feita a quase um ano atrás, mas vale muito a pena relembrar. Afinal, brasileiro tem memória curta!

SAIBA O QUE LULA FEZ DE 2002 A 2010 COM A 
"DÍVIDA INTERNA /EXTERNA" DO BRASIL

Você ouve falar em DÍVIDA EXTERNA e DÍVIDA INTERNA em jornais e TV, e não entende direito; vamos explicar a seguir:
DIVIDA EXTERNA é uma dívida com os Bancos Mundiais, o FMI e outras Instituições, no exterior, em moeda externa.
DIVIDA INTERNA é uma dívida com Bancos em R$ (moeda nacional) no país.
Então, quando LULA assumiu o Brasil, em 2002, devíamos:
 Dívida externa =    212 Bilhões
 Dívida interna =     640 Bilhões 
 Total da Dívida =  851 Bilhões

Em 2007 Lula disse que tinha pago a dívida externa. E é verdade, só que ele não explicou que para pagar a dívida externa, ele aumentou a dívida interna:
Em 2007, no governo Lula
Dívida Externa =      0    Bilhões
Dívida Interna =       1.400 Trilhão 
Total da Dívida =   1.400 Trilhão

Ou seja, a Dívida Externa foi paga, mas a dívida interna quase dobrou. Agora, em 2010, você pode perceber que não se vê mais na TV e em jornais algo dito que seja convincente sobre a Dívida Externa quitada.
Sabe por quê? 
É que ela voltou... Em 2010, no governo Lula: 
Dívida Externa=     240  Bilhões 
Dívida Interna=      1.650 Trilhão 
Total da Dívida=   1.890 Trilhão
Ou seja, no governo LULA a dívida do Brasil aumentou em 1 Trilhão!!!

Daí é que vem o dinheiro que o Lula gastou e Dilma vem gastando no PAC,

bolsa família, bolsa educação, bolsa faculdade, bolsa cultura, bolsa para presos, dentre outras mais bolsas... e de onde tirou 30 milhões de brasileiros da pobreza !!! 
E não é com dinheiro do crescimento, mas, sim, com dinheiro de ENDIVIDAMENTOCompreenderam? Ou ainda acham que Lula é mágico? Ou que FHC deixou um caminhão de dólares para Lula gastar?
Quer mais detalhes sobre dívida interna e externa do Brasil?

acesse o site

Os brasileiros vão pagar muito caro pela atitude perdulária do governo Lula, que não está conseguindo pagar os juros dessa "Dívida trilhardária"tendo que engolir um "spread"(txa. juros) muito caro para refinanciar os "papagaios", sem deixar nenhum benefício para o povo, mas apenas DIVIDAS A PAGAR por todos os brasileiros, que pagam seus impostos...!!!

A pergunta que não quer calar é:
Dilma vai continuar esta gastança?
Leia neste link abaixo que  Dilma tem o controle de 10 Bilhões arrecadados com impostos em 2011



 Para maiores esclarecimentos, leia artigo de Hélio Fernandes no site:
 CADA cidadão brasileiro tem uma dívida , feita pelo Lula, de quase 1.0 MILHÃO DE REAIS.

E há quem acredite em conto de fadas divulgado por PTralhas... "santa" ingnorância!  


sábado, 24 de setembro de 2011

A lenda da liberdade humana

Vivemos numa sociedade puramente egocêntrica, onde é bonito falar que não tem do que se arrepender. É comum à algumas "personalidades" questionadas sobre algum arrependimento na vida, a seguinte resposta: "Só me arrependo do que não fiz!". São louvados e seguidos em seu "discurso livre" e geralmente citam algo que não conhecem o significado, a total liberdade humana, ou a lenda do "Livre Arbítrio". É precisamente aqui que entro!

 Vamos falar de liberdade?
 Farei uso de silogismo categórico regular, acompanhe:

O homem possui livre arbítrio.
Livre arbítrio é total liberdade de escolha.
Logo, o homem decide tudo livremente 


Parece lógico, mas é a maior conversa fiada que pode existir. A neuro ciência já desmontou o mito que muitos insistem em adotar como dogma e expressão de fé. Antes de prosseguir, veja a reportagem da "Super Interessante" - *"O Livre Arbítrio não existe".

Então, o resumo é o seguinte: antes mesmo de tomarmos alguma decisão "o nosso cérebro" nos engana e condiciona o que achamos decidir, baseado em informações já dispostas. A harmonia com o ensino bíblico reformado é espantosa. É claro que o resguardo das proporções evita a extensão disso para a "pré-queda". Mas é realmente impressionante!

Concordo com o relato científico e testes conclusivos, precisamos ter maturidade suficiente para tal. Afinal, não me parece inteligente demonizar a ciência quando essa desmonta mitos. Nossa busca é sempre pela verdade, não importa quem diga, desde que seja verdade.

Biblicamente falando, é necessário ter em conta dois períodos distintos que norteiam e limitam a extensão da liberdade humana, vejamos:

Pré-queda:
Antes da queda o homem era totalmente livre, não havia nele qualquer desejo interno, para o bem ou para o mal. Não havia qualquer inclinação subjetiva que o direcionasse ao acerto ou ao erro. Mas houve uma instrução clara, uma determinação de Deus para a obediência, e fazendo uso e sua liberdade, o homem escolheu a desobediência. Veio a queda!

Pós-queda:
Na queda as coisas mudam de figura, o homem não é mais livre para decidir, pois está marcado pelo pecado que permeia toda volição humana. Assim, toda a decisão passa antes por crivos e é tocada pelo pecado que habita o ser humano. Ele pode decidir sobre vários aspectos, qual cor de blusa ou calça usar, virar à direita ou à esquerda, comer maça ou pera, etc. Mesmo assim, está pré-disposto a uma preferência, da qual é subjetivamente prisioneiro. Mas, para questões morais, sempre lutará com a inclinação pecaminosa, pois é escravo cabal dela. Falando de bem espiritual, não há como decidir pelo que é bom, já que está morto espiritualmente.


Como a minha opinião não importa muito, na verdade, nada importa, olhemos para quem tem autoridade no assunto,  A BÍBLIA SAGRADA:


*Deus criou o homem livre, aqui sim havia livre arbítrio. 
E tomou o SENHOR Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar.
E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente,
Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás. (Gênesis 2:15-17)


*A queda anulou o poder de vontade do ser humano quanto a qualquer bem espiritual.
Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia.
Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto, todo aquele que do Pai ouviu e aprendeu vem a mim. (João 6:44-45)



Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.                            (1 Coríntios 2:14)


E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados,
(Efésios 2:1)



Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),
(Efésios 2:5)



Porque também nós éramos noutro tempo insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias concupiscências e deleites, vivendo em malícia e inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros.
Mas quando apareceu a benignidade e amor de Deus, nosso Salvador, para com os homens,
Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo 
(Tito 3:3-5)



* A Graça restaura parcialmente a liberdade do ser humano.
Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço.
E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa.
De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim.
Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem.
Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço.
Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim.
Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo.
Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus;
Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros. 
(Romanos 7:15-23)



Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. 
(1 João 1:8)



Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós. 
(1 João 1:10)



* A vontade humana precisa ser submetida à direção do Espírito Santo
Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito.
Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz.
Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser.
Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.
Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.
E, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça.
E, se o Espírito daquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dentre os mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita.

De maneira que, irmãos, somos devedores, não à carne para viver segundo a carne.
Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.
Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.
Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.
O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. 
(Romanos 8:5-16)



Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne.
Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis.
Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei.
Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, prostituição, impureza, lascívia,
Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias,
Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus.
Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
Contra estas coisas não há lei.
E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.
Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito.
(Gálatas 5:16-25)



De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa salvação com temor e tremor;
Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.
Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas;
Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo;
Retendo a palavra da vida, para que no dia de Cristo possa gloriar-me de não ter corrido nem trabalhado em vão.
(Filipenses 2:12-16)



*Somente na glória a vontade do ser humano será plena e livre.
Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos.
(1 João 3:2)



Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória,
Ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém.
(Judas 1:24-25)



Hoje podemos dizer que homem tem escolhas, mas não são livres. Há sempre a pré-disposição e a preferência. Portanto, ainda que o ser humano tome decisões, essas nunca, jamais estão isentas de inclinações, sejam elas quais fores. Assim, dizer que possuímos livre arbítrio, principalmente quanto a bem espiritual é ignorar o básico, somos marcados por inclinações pecaminosas que nos traem e por elas jamais chegaríamos a qualquer conclusão boa quanto a Deus e a nós mesmos.

A única conclusão que o homem caído pode chegar sema interferência prévia de Deus é à aclamada popularmente e já citada anteriormente: "Só me arrependo do que não fiz!"


A grande questão aqui é egocêntrica... que o Senhor nos livre disso!