Um dia, quando o pai retornava do
trabalho, o filho perguntou-lhe com voz tímida:
- Papai, quanto o senhor ganha por hora?
O pai, com voz severa, respondeu:
- Escuta aqui meu filho, isto nem sua
mãe sabe. Não me amole, estou cansado.
O menino, no entanto, insistiu:
-Mas, pai, por favor, me diga quanto o
senhor ganha por hora?
Menos severo, porém desejando encerrar
logo a conversa, o pai respondeu:
- Três reais por hora.
- Então, papai, o senhor poderia me
emprestar um real?
O pai, cheio de ira e tratando o filho
com brutalidade respondeu:
- Então era essa a razão de querer saber
quanto eu ganho? Vá dormir e não me amole mais, menino aproveitador!
Já era tarde quando aquele pai começou a
meditar sobre o que havia acontecido e sentiu-se culpado. “Talvez, quem sabe, o
filho precisa comprar algo”, pensou. Querendo aliviar sua consciência doída,
foi até o quarto do menino e, em voz baixa, perguntou:
- Filho, está dormindo?
- Não papai.
- Olhe, aqui está o dinheiro que você me
pediu. Um real.
- Muito obrigado – disse o menino,
levantando-se. Pegou uma caixinha que estava debaixo da cama, retirando dela
dois reais, que juntou ao que seu pai lhe dera, e disse:
- Agora já completei papai. Tenho três
reais. O senhor poderia me vender uma hora do seu tempo?
Que o Senhor nos ajude na valorização do tempo dos nossos!
(Extraído da revista "O Evangelista" - Jul-Ago-Set/99)
Que o Senhor nos ajude na valorização do tempo dos nossos!
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