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quinta-feira, 22 de agosto de 2024

O TDAH e eu.

A partir de hoje, passo a compartilhar, além dos meus pensamentos e opiniões, coisas pessoais, profundas ou não, Começarei com a ‘novidade do verão’, meu diagnostico de TDAH. Fique confortável, pois isso não é um tweet! Sempre senti que havia algo diferente na forma como eu percebia e reagia em determinadas situações, mas nunca pensei que fosse sério ou que poderia me trazer algum prejuízo. Mas tudo mudou alguns anos antes do Tito, meu rapazinho, ser diagnosticado com TEA (transtorno do espectro autista). Na verdade, o quadro já me chamava atenção antes mesmo dele nascer (TEA e Tito, assunto para outro post). Comecei a estudar avidamente o TEA e algumas comorbidades mais comuns. Em 2018 fiz uma pós-graduação em psicopedagogia institucional. Assim, cheguei no TDAH (transtorno do déficit de atenção e hiperatividade). Foram quase 2 anos de leituras, vídeos, artigos e finalmente, ainda que secretamente, comecei a considerar a possibilidades de que algumas situações eram traços do transtorno. Num exercício de pensamento, retornei à infância e lembrei de frase que corriqueiramente escutei do meu pai, “menino, você precisa terminar uma coisa pra começar outra”, “senta pra fazer a atividade”, “as notas estão ótimas, mas a professora reclamou que você fala o tempo todo”, a lista vai longe. Partindo dessa lembrança, fui puxando outras situações como ler 5-7 livros ao mesmo tempo, abandonar alguns e concluí-los depois de muito tempo. Tudo bem que depois do quadro depressivo vivido em 2012, as coisas nunca mais foram iguais. Hoje preciso de um esforço sobre-humano para começar e concluir apenas um (Depressão, assunto para outro post). Outras situações que recordei foram algumas atividades em casa. Lembrei de passar mais de mês para concluir a pintura do que seria meu escritório, porque sempre havia uma tarefa para fazer antes. A tarefa fica pronta? Fica! Fica bem feita? Sim! Porém, se aparecer algo mais empolgante, a tarefa inicial perde a prioridade e vai para o fundo da fila, isso se não fosse esquecida. Outra coisa que lembrei foi que se eu estivesse falando algo com alguém e fosse interrompido, retomar a conversa de onde estava, sem alguém responder “onde é que eu estava mesmo?” era impossível. Se você já leu algo que escrevi, deve ter percebido o enorme esforço que faço para manter o texto dentro de um fluxo lógico ou gradativo, nem sempre consigo... hehehe. Ah, eu tenho interesse genuíno por vários assuntos em áreas de conhecimentos bem diversificadas. Sim, eu gostaria de viver muuuuito só para aprender sobre algumas coisas que acho fascinantes. Pois bem, no ano passado (2023) decidi compartilhar minhas impressões com minha esposa. E a fala dela foi “certeza que você é um TDHAZÃOO!”. Sim, ela também estava observando, na verdade, sempre observou. E no início desse ano, finalmente fui à consulta com um profissional maravilhoso, que já cuida da nossa família. Ele pediu, além de exames, que fizesse uma avaliação neuropsicológica. Foram oito encontros, entrevistas, testes e mais testes até que no nono encontro veio o laudo, TDAH com predominância desatenta. O laudo trouxe outro fato que explicou muito coisa, QI médio superior (117), talvez o motivo de passar pela escola sem problemas, mesmo estudando bem pouco, quase nada. Fui estudar de verdade mesmo quando conheci Jesus, Bíblia e teologia. Mais uma vez percebo a graça e a soberania de Deus sobre minha vida, nunca perdi o interesse. Outra coisa que descobri foi o motivo de não querer parar enquanto não terminar determinadas tarefas, estudos ou leituras, o tal do hiperfoco. É como se todo o resto deixasse de existir e tudo o que importa naquele momento é o que estou fazendo. Antes de me casar, lembro de começar a orar umas 20:40-21:00hs, depois de um tempo me ocorrer que precisava tomar banho, jantar para ir dormir. O susto era quando eu ia fazer minha comida (a cozinha era para o lado de fora), percebia o silêncio e ia conferir no relógio... 3h, 4h da manhã, aleluia. Mas, nem tudo é piedade. Se eu não cuidar, posso rolar feed por horas sem ver o tempo passar ou me perder nos vários navegadores e abas que abro no PC. Voltando ao laudo, descobri que instintivamente, durante toda a vida, me cerquei de métodos que me mantiveram produtivos. Habilidades que se aprende em psicoterapia, mas que desde que precisei ter mais responsabilidade desenvolvi. Em tudo isso vejo a mão de Deus ou, para ser teologicamente correto vejo o agir de Deus. O cuidado Dele sobre mim e o fato de que um diagnostico de neurodiversidade não me impediu de ter uma família linda, de ser útil para a sociedade e muito menos de servi-lo no Ministério Sagrado realça a beleza do Seu Ser. Hoje, como estou? Indo bem, graças a Deus! Creio que na próxima devo falar sobre a adaptação com a medicação, foi horrível! Mas, por hoje, creio que esteja de bom tamanho... até mais!

sexta-feira, 2 de agosto de 2024

O plano de Satanás é tornar feio o que Deus fez bonito!

Confesso que já não sou mais atraído por essas cerimônias, mas tendo em vista a repercussão da beleza da cerimônia de 2020, fui obrigado ver posteriormente e fiquei extasiado com a beleza, riqueza de detalhes, exposição da cultura enfim, memorável. Entretanto, a abertura dos jogos de Paris foi nojenta, repugnante. Pouco de história, pouco de cultura e MUITA MILITÂNCIA POLÍTICA. Se fosse apenas política, talvez não tivesse chocado tanto. Qualquer pessoa menos catequisada no politicamente correto ficaria no mínimo desconfortável com as afrontas aos valores judaico-cristãos e em última análise, afronta a Deus. A impressão que tive nos poucos momentos que vi e depois dos "melhores momentos" é que o principal objetivo era afrontar o Criador, principalmente pelas referências bíblicas que qualquer um poderia notar. Parecia coisa daquela linda menina cristã que foi para a capital, toda feliz por haver passado no curso de ciências sociais da Universidade Federal do seu Estado e quando volta para casa nas férias do primeiro semestre, sua família se depara com uma criatura de cabelo descolorido, franja azul, sobrancelhas raspadas, tatuagens e pincings no rosto, sovaco peludo, falando aquele dialeto idiota de linguagem neutra, exigindo se chamada pelos pronomes "x, y, z", se declarando vegana e desconstruída religiosamente. A abertura cheraiva a revolta sem causa, coisa de quem luta contra acne! A pessoa passou por uma lavagem cerebral que a descaracterizou, aliás, a coisificou e o novo contexto de vivência é tão permissivo e tão "cada um na sua desde que esteja na nossa", que não percebe ou percebe que está forçando que todos aceitem sem dificuldade essa nova "eu". No caso da abertura o recado é claro, somos politicamente corretos, eles disseram. Gayzismo tá no 'hype'? Tô dentro! Quebra dos padrões que nos trouxeram até aqui tá no 'hype'? É comigo! Normalizar e romantizar condições que descaracterizam o ser ou são danosos e até mesmo perigosos? Ok, estou dentro! Não sou Católico Romano, mas sei o que Leonardo da Vinci buscou retratar na obra "A última Ceia" e sei muito bem o deboche, o escarnio que foi aquele circo de horrores protagonizado por um cosplay do Jabba, The Hutt. Não colocaram Baco lá atoa. Tá mas, que é Baco? Conhecido como o "deus do vinho, agricultura, fertilidade e folia. As celebrações em seu louvor eram festivais regados a muito vinho e sexo, chamadas também de bacanais. O que reinava nessas festas era a devassidão, a orgia e bestialidades. Imagine agora, a Ceia, aquelas figuras, Baco como mestre de cerimônia... é só juntar "lé com cré" que qualquer um entende onde vai dar! O desejo era esse, causar apenas.... Paris tem pelo menos 2300 anos de história para contar e decidiram colocar no foco uma agenda perversa, maligna, satânica que torna feio o que Deus fez bonito! Eu poderia citar todas as referências e odes a homossexualidade, mas deu preguiça...hehe... sem paciência! Que Deus tenha misericórdia!

sábado, 29 de maio de 2021

Bizarrices da Gospeladia - #002

Cresci lendo HQ’s (histórias em quadrinhos). O primeiro e preferido até aos 9-10 anos foi o Chico Bento. Em seguida vieram os personagens Disney e aos 13 anos conheci os super-heróis, os quais acompanho atualmente nas produções cinematográficas, não mais colecionando revistinhas semanais, que sabia exatamente o dia e hora em que o carregamento poderia chagar nas bancas do calçadão de Nilópolis - RJ (cidade natal). Naquela época, inicio dos anos 90, era constante o desejo de alterar a realidade e mudar tudo o que eu não achava bom ou proveitoso… voar também foi uma habilidade muito desejada… coisa de criança mesmo…. ESSE É O PONTO! Assim como o “eu determino”, o “eu rejeito” expressa o cosmovisão daquele que foi um dos maiores, talvez, o maior precursor do que ficou conhecido como “Movimento Palavra de Fé” foi Kenneth Hagin (1917-2003), inspirado por E. W. Kennyon (1867-1948). Em minha humilde opinião, nada além de gnosticismo requentado e cristianizado. Em poucas palavras, o tal movimento afirma que o crente verdadeiro não pode ter dificuldades (doenças, distúrbios, desacertos e estaria imune às vicissitudes da vida) e tem o poder em suas palavras para trazer à existência o que se declara com a boca. Segundo Hagin, em 1993 Jesus o visitara e o curara de um defeito cardíaco e do câncer (importante informar que o mesmo faleceu vitima deste último). O maior de todos os problemas começou quando uma experiência pessoal serviu de “óculos” para interpretação bíblica e não o contrário. Lembre-se disso: NUNCA, sob nenhum aspecto, a bíblia pode estar sujeita às experiências pessoais. Mas, sujeite a experiência pessoal ao ensinamento bíblico. Caso contrário, o resultado será uma fé imatura, inventora de doutrinas e práticas carentes de base escriturística e lógica, senão vejamos: A vida de Jó é uma escola de sofrimento, da graça de Deus e de restauração. Ainda que assolações inomináveis o afligissem, não se vê em nenhum dos 1070 versículos algo parecido com “eu rejeito”. Ainda que a esposa o fustigasse, sua resposta elucida, expõe a mente de um crente maduro: “Mas ele lhe respondeu: Falas como qualquer doida; temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios.” (Jó 2. 10) O que dizer de Jesus no Getsêmani? “Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres” (Mateus 26.39). Procure neste e em quaisquer outro versículo dos Evangelhos, Jesus recusando-se ao calvário… não encontrará!
Se nem o Verbo Divino pelo qual tudo veio a existir, Aquele cuja a Palavra trouxe a existência toda a criação, curou, salvou e trouxe de volta do mundo dos morto pessoas como eu e você, se nem Ele ousou tais termos, POR QUÊ nós faríamos?
 Pouco depois, quando os soldados chegaram para O prender, Jesus repreende Pedro por lutar contra Malco e decepar-lhe a orelha. Poderia ordenar anjos para O defender, decretar a morte dos guardas pretorianos que ali estavam, mas não o fez. Antes, submeteu-Se ao Pai.
“Mas Jesus disse a Pedro: Mete a espada na bainha; não beberei, porventura, o cálice que o Pai me deu?” (João 18.11). Um dos grandes mistérios da Bíblia segue sendo o “espinho na carne” do Apóstolo Paulo. Embora muita especulação tenha sido feita e continuem surgindo, não sabemos do que se trata o tal “mensageiro de Satanás” citado por Paulo. Entretanto, fato é, não existe entre as epístolas paulinas o que possa ser interpretado como uma recusa ao revés. Se já se aplicou aos seus escritos, sabe que não faltou dificuldade na vida deste valoroso homem de Deus e nem por isso leu algo como “eu rejeito”. Observe: “Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Coríntios 12.8–9). Paulo não ‘determinou’ a mudança de status, ‘rejeitou’ a situação adversa ou ‘profetizou’ (Bizarrice #003) para si o triunfo. Antes, disse: “três vezes PEDI ao Senhor que o afastasse de mim”. Pediu, entendeu? De Jó a Bíblia afirma: “Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal.” (Jó 1.1). Jó foi um homem fiel a Deus em tudo, Jesus é o próprio Deus encarnado e Paulo, certamente foi o apóstolo mais proeminente. Para nenhum deles faltou fé, fidelidade, intimidade com Deus ou autoridade, não é mesmo? Isso desmonta a tese de que se o crente está no aperto, deve usar tais termos e se a realidade não for transformada como no desejo de uma criança fã de HQ’s, o problema seria um dos citados acima. Nesse caso, como orar sem parecer patrão do Todo Poderoso? Simples: Ore a Bíblia! A única maneira de orar conforme a Vontade de Deus é “plagiar” a oração de Jesus em Mateus 26.39, Marcos 14.36 e Lucas 22.42. Ou seja, deixe claro o seu PEDIDO, mas SUBMETA-O ao eterno decreto do Senhor. Só não dê uma de criança mimada rejeitando o que Deus, graciosamente te proporciona de bom ou ruim. “Foi-me bom ter eu passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos.” (Salmos 119.71)